Psicologia |
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  1. Existe um perfil psicológico típico dos candidatos/submetidos a cirurgia de obesidade?

Não existe evidência de que exista um perfil psicológico típico dos doentes candidatos a cirurgia de obesidade, nem da presença especialmente relevante de sintomatologia psicológica ou psiquiátrica.

 

  1. A obesidade tem algumas especificidades do ponto de vista psicológico?

Apesar da ausência de um perfil psicológico típico nos doentes com obesidade candidatos a cirurgia bariátrica, a obesidade pode acarretar para além das várias comorbilidade físicas conhecidas, vários problemas como a insatisfação com a imagem corporal, perturbações do humor, perturbações de ansiedade, perturbações do comportamento alimentar, diminuição da auto-estima e diminuição da qualidade de vida.

 

  1. Para se ser submetido a cirurgia de obesidade são necessárias consultas de Psicologia?

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde indica que os centros de tratamento cirúrgico da obesidade têm de ter “a colaboração permanente de uma equipa multidisciplinar”, constituída psicólogo e/ou psiquiatra. Assim, deverão ser asseguradas consultas de Psicologia e/ou Psiquiatria.

 

  1. O que faz um psicólogo numa equipa multidisciplinar de um centro de tratamento cirúrgico da obesidade antes da cirurgia bariátrica?

O psicólogo que integra a equipa multidisciplinar de um centro de tratamento cirúrgico da obesidade, deverá proceder à avaliação psicológica dos candidatos a cirurgia de obesidade, tendo por objectivo principal identificar quaisquer fatores que possam prejudicar o sucesso do doente, identificando nos candidatos as suas potenciais vulnerabilidades. A partir da informação recolhida, o psicólogo deverá proporcionar suporte e educação para otimizar os resultados, planificando intervenções de forma a melhorar a adesão do doente e o sucesso a longo prazo do tratamento cirúrgico da obesidade.

 

  1. Depois da cirurgia bariátrica continua a ser necessário o acompanhamento psicológico?

Também depois da cirurgia bariátrica, o psicólogo deverá continuar a acompanhar os doentes, uma vez que a cirurgia implica alterações profundas nas suas vidas e alguns destes podem experienciar dificuldades de adaptação.