Bypass Gástrico
Após a observação de que as mulheres operadas de gastrectomia subtotal por doença ulcerosa péptica, tendiam a perder peso e que, além disso lhes era muito difícil aumentar de peso após a operação, o Dr. Edward Mason da Universidade de Iowa- EUA, nos anos 60, decidiu aplicar o mesmo principio à obesidade, criando a chamada técnica de “Bypass” gástrico.
Desde o seu aparecimento, múltiplas modificações lhe foram introduzidas na tentativa de melhorar a perda de peso e minorar as complicações (bolsa de 50c.c. ou menos, criação da gastroenterostomia com 0,9 cm, uso da técnica de Y Roux, variando o seu canal alimentar entre 100 e 150 cms, a via retrocólica e retrogástrica). Um dos principais problemas desta técnica era a ruptura da linha de agrafos que poderia ocorrer até vários anos após a cirurgia, com consequente aumento de peso. Esta situação levou a que os cirurgiões começassem usar técnicas para prevenir esta complicação, realizando assim a secção gástrica. Entretanto para evitar a dilatação da gastroenterostomia e, assim o aumento da velocidade de esvaziamento e o consequente aumento de peso, passou-se a utilizar tecido protésico (anel de silastic) imediatamente acima da gastroenterostomia. Este anel tem como função controlar o diâmetro do estoma diminuindo a velocidade de esvaziamento e melhorando o controle do peso a longo prazo. Foi descrito por Fobi e Capela que, além do anel interpõe entre as áreas do estômago seccionadas, uma ansa jejunal tentando prevenir a fístula gastrogástrica.
Esta cirurgia é hoje perfeitamente realizável por via laparoscópica
As complicações do “Bypass” gástrico são, em geral, facilmente resolvidas.